"O drama do Homem de hoje é o de ser limitado nos seus meios e infinito nos seus desejos"
Michel Quoist


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Visita a um Matadouro de Aves e a um Centro de Protecção de Animais

No passado dia 4 de Abril organizámos uma visita a Viseu com o intuito de mostrar aos nossos colegas de turma as condições em que certas aves são mortas e preparadas para consumo humano em matadouros, o que contrasta grandemente com a preocupação e carinho demonstrada pelos veterinários e voluntários que davam todo o seu contributo para o Centro de Protecção de Animais.

A primeira parte da visita foi,  na realidade, deveras chocante. Não pelas condições que lá apresentavam (visto que as aves eram mortas de forma a não sofrerem - choque eléctrico) mas pela indiferença que as pessoas que lá trabalhavam demonstravam em relação ao que faziam, acrescentando ainda o facto de por dia serem mortas um número "astronómico" de aves, cerca de 14 mil por dia (este é o valor de uma pequena empresa, pois existem algumas nas quais o valor chega a cerca de 49 mil por dia!).
Durante a parte da tarde, deparámo-nos com uma situação completamente oposta, na qual observámos atitudes de preocupação e extremo cuidado por parte das pessoas responsáveis pela associação, visita esta que nos comoveu ao verificarmos a quantidade de animais que são rejeitados por uns donos insensíveis.. Se não fossem estas pessoas para onde iriam estes animais? Que hipóteses teriam de sobreviver?


terça-feira, 22 de março de 2011

O nosso Peddy-paper da Biodiversidade :)

No Passado dia 22 de Março de 2011, com a colaboração do biólogo Manuel Calatróia, convidámos os alunos da disciplina de Biologia dos 11º e 12º anos, as professoras da disciplina e o nosso professor de Área de Projecto, a participarem no "Peddy-Paper da Biodiversidade"(deslocação Escola-Museu do Côa) que permitiu aos alunos mencionados um contacto directo com a flora da região (identificação, através de chaves-dicotómicas, de algumas das espécies vegetais existentes na nossa região), com as Gravuras do Vale do Côa (indentificação dos animais existentes na Era Paleolítica na nossa região), familiarização com o uso de chaves-dicotómicas tão importantes para a disciplina de Biologia e um incentivo aos alunos para valorizarem a fauna e flora da região ao mesmo tempo que promovemos a realização de actividades ao ar livre.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Uso de peles de animais por mero capricho

Nos dias de hoje, deparamo-nos com uma sociedade consumista, rodeada constantemente por coisas novas e desnecessárias que adquirem por mero capricho.
A morte de animais para o uso de peles é mais um dos exemplos das consequências nefastas do desejo insaciante do Homem em possuir tudo.
Inicialmente, o ser humano, caçava para obter alimento, aproveitando-se das peles dos animais já mortos para se protegerem do frio.
Hoje, roupas de pele são confeccionadas para satisfazer as vaidades do Homem. O "método" mais utilizado para apanhar "animais livres" é a armadilha de mandíbulas, na qual, vários animais são presos pelas patas, desprovidos de água e alimento, ficando vulneráveis a predadores, sujeitos a alterações climatéricas, roendo a própria pata na tentativa de escapar, aqui morrem lentamente até que o ser 'humano' decida capturá-los.
Outros "vivem" em cativeiro, em jaulas onde, por vezes, nem sequer se conseguem virar sobre si próprios, desenvolvendo comportamentos nervosos, agredindo-se a si próprios, ou a animais com quem partilham a jaula. Depois de uma vida passada em condições deploráveis, os animais são electrocutados, asfixiados, envenenados, gaseados ou estrangulados. Tudo isto para que as peles permanecam intactas!
Muitos são ainda esfolados com vida!

A mentalidade do Homem evoluiu? Como é possível um ser racional ter tais comportamentos?


Não compactues com estas atitudes de pura maldade e capricho, não uses roupas de pele, por eles, eles são seres vivos como nós, com o mesmo direita à vida, a uma vida livre!


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Porquê tradições tão desumanas? Porquê touradas?

Nas arenas de hoje, observamos mais uma das cruéis barbaridades que o ser humano é capaz de cometer.
Como é que tal monstruosidade pode ser considerada uma tradição? Não deveríamos adoptar tradições que nos engrandeçam no lugar de nos mostrarmos como seres tão insensíveis?

“Tortura não é cultura!”
Cultura é sermos dotados de humanidade, de sensibilidade perante a violência, perante a tortura e perante tudo o que desrespeita a vida humana e dos restantes seres vivos que nos rodeiam, é respeitarmos o Mundo e os seus direitos.
Porque é que faz o Homem lutas tão desiguais? Porque é que só tortura e violenta seres inferiores a ele fisicamente ou sem capacidade de defesa? Seres que se sabe capaz de dominar?
Falamos de um mundo cujo princípio fundamental é a igualdade?

“É degradante ver que nas praças de touros torturam-se bois e cavalos para proporcionar aberrantes prazeres a um animal que se diz racional.”

Inúmeras manifestações de apelo à consciência humana têm sido feitas recentemente. Se és mais uma das pessoas que acham desumano este tratamento puramente irracional para fins meramente caprichosos, para puro entretenimento, não assistas a touradas, não sejas responsável pelo deteriorar do pensamento humano, pela sua insensibilidade, não sejas adepto da tortura!



sábado, 6 de novembro de 2010

Projecto "Decoração para sensibilização na cantina escolar"

No Passado dia 28 de Outubro, iniciámos o projecto, deveras gratificante, que consiste na utilização de elementos decorativos, na cantina escolar, para sensibilização da comunidade escolar face às espécies em vias de extinção na nossa região.
Aqui expomos os exemplares dos primeiros cinco animais:


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Poluição Industrial

Sendo os recursos da Terra as matérias-primas da Indústria, e sendo os produtos resultantes dela lançados de novo para a Terra, a indústria vai prejudicar gravemente o equilíbrio deste Sistema. A indústria, tal como os lixos residuais domésticos, é uma forte fonte de poluição atmosférica, aquática e terrestre uma vez que estes produtos não são libertados para a natureza em formas que esta os possa aceitar (os lixos industriais e os lixos domésticos não são decompostos pela natureza à mesma escala que são os produtos criados por ela), interferindo e perturbando, deste modo, o ecossistema existente.

domingo, 31 de outubro de 2010

Associação Transumância e Natureza (ATN): JORNADAS DA FAIA BRAVA - 8 a 12 de Dezembro

A ATN vai celebrar os seus 10 anos de existência, e para esse efeito está a organizar as JORNADAS A FAIA BRAVA, abertas a todo o público, e que vão incluir um conjunto vasto de actividades, de que se destaca a apresentação de um livro de fotografia, um workshop técnico, um jantar convivio de sócios, etc etc.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Destruição de habitats:Incêndios (Psicanálise do incendiário)

Existem dois tipos de incendiários: os piromanos e aqueles que incendeiam com base em intenções próprias.

A Piromania consiste no desejo mórbido e incontrolável de provocar incêndios ou de atear fogo às coisas.
Os individuos com este transtorno experimentam uma sensação de prazer doentio, existindo uma fascinação, interesse, curiosidade, satisfação ou libertação de tensão ao provocarem incêndios, testemunharem os seus efeitos ou participarem no seu combate. São "espectadores" regulares de incêndios, podem accionar alarmes falsos e extraem prazer a partir de instituições, equipamentos e pessoal associado a incêndios. Os incendiários podem passar algum tempo junto ao corpo de bombeiros, provocar incêndios para ajudarem os mesmos ou até tornarem-se bombeiros.

Por outro lado, existem pessoas que incendeiam com base em determinadas intenções. Podem pegar fogo a florestas apenas com o fim de as "limpar" de forma a tornarem útil o terreno, ao nível das suas intenções. A maior parte das vezes, isto ocorre com o objectivo de desvalorizar as terras para futuramente as comprarem (quando anteriormente o era impossível devido aos proprietários não aprovarem a venda ou por envolver demasiados custos). 
Podem fazê-lo de modo a lucrarem comercialmente de forma directa (como é o caso dos madeireiros)...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Destruição de habitats - Desflorestação

Também a desflorestação foi uma actividade que evoluiu paralelamente ao desenvolvimento das condições de vida do Homem. Para o aumento do espaço cultivável, são derrubados milhares de hectares de florestas. Por outro lado, a madeira, obtida através das árvores, serve de matéria-prima para múltiplos produtos. O Homem passa a fabricar papel de forma mais intensa, a fabricar móveis de madeira de forma mais excessiva, devastando, desta forma, cada vez mais florestas: na Amazónia, a cada minuto que passa, são cortadas 2.000 árvores! Nos E.U.A. apenas resta, actualmente, 4% da sua floresta original!... 

Perante este cenário tão devastador, onde ficam os habitats das inúmeras espécies animais que lá pertencem? Quem recupera esta quantidade astronómica de seres vivos vegetais que desaparecem por mero capricho do consumidor? De nós! As florestas dissipam-se, e, com ela, seres vivos também. Se o Homem não mudar a sua forma de pensar do Mundo outrora tão belo, somente passará a existir um deserto onde só nós restaremos!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Os Impactos da Caça e da Pesca

Desde o surgimento do Homem que este caça e pesca, na tentativa de garantir a sua sobrevivência. No entanto, a intensidade destas foi aumentando, na generalidade, na mesma proporção da evolução do Homem. Utilizando técnicas mais especializadas, o ser humano tornou-se capaz de caçar e pescar com mais eficiência. Da mesma forma, a população mundial cresceu, ficando mais difícil acreditar que a captura de organismos na natureza seja uma actividade sustentável. Actualmente, a caça deixou de ser tão frequente como a pesca. O Homem continua a alimentar-se de algumas espécies de animais que caça, umas vezes por diversão ou capricho (ver http://www.floridahuntingoutfitter.com/), outras porque, em alguns países, a caça é o único meio de sobrevivência das populações. No entanto, na generalidade, para alimentar a população mundial, o Homem cria animais com objectivo destes servirem para a alimentação, e, apesar do ser humano criar também algumas espécies de peixes em cativeiro com o fim de estes servirem para a alimentação humana, este sistema não é tão frequente.

Na verdade, a pesca actual é muito intensiva: o Homem vai para alto mar com grandes navios e volta carregado de espécies SELECIONADAS de peixe (como esta pesca se realiza em grandes quantidades e é comum se pescar determinados tipos de peixe que não se identificam com a espécie procurada nessa determinada situação de pesca, esses peixes são devolvidos ao mar, mas, na maior parte das vezes, já mortos)![1]


        Excertos de Notícias retirados da PONG[2] relativos à pesca intensiva:
Transformar a Pesca Europeia
“Anos de pesca intensiva em águas europeias levaram a reduções dramáticas nas outrora abundantes populações de peixes. Das populações de peixes avaliadas, 80% encontram-se actualmente em sobrepesca e mais de 30% encontram-se fora dos limites biológicos de segurança. […]”

População mundial de peixes está em perigo

“Levantamento da FAO mostra que ecossistemas marinhos continuam em deterioração. Conferência quer revisar acordo que trata da conservação de espécies migratórias.” 

Pesca predatória e sobrepesca: A fonte ameaça secar, artigo de Marcelo Szpilman 

“Não há dúvidas de que a carne de peixe é uma das melhores, em se tratando da facilidade de digestão e valor nutritivo. Temos também diversas razões gustativas para apreciarmos as lagostas, camarões e mexilhões. Comê-los sempre foi um ato natural e nada antiecológico. No entanto, para que possamos continuar a consumi-los no futuro devemos pensar de forma responsável sobre este assunto. Os oceanos e sua biodiversidade devem ser vistos como uma prioridade na questão da preservação ambiental.”

Transformar a Pesca Europeia 

“Somos por tradição um país que gosta e que come peixe com “fartura” existindo mais de mais de 1001 receitas apetitosas para degustar os recursos do mar. No entanto será que as novas técnicas de pesca e de produção são justas para os ecossistemas, para as populações das espécies marinhas ou para o ambiente em geral? […]”

[1] http://www.institutoaqualung.com.br/info_revolucao_azul_57.html
[2] Plataforma de Organizações Não Governamentais Portuguesas sobre a Pesca: http://pongpesca.wordpress.com/